66% dos alimentos têm sódio em excesso, aponta pesquisa

O queijo parmesão, macarrão instantâneo e biscoitos foram os que mais apresentaram níveis altos de sódio. Porém, o queijo foi o campeão!
O queijo parmesão ralado apresentou uma média de 1.981 miligramas por
100 gramas do produto. Já o macarrão instantâneo, que ficou em segundo
lugar, são 1.798 miligramas por 100 gramas do produto.
Além do excesso, a pesquisa constatou uma grande variação na oferta do
nutriente entre produtos similares, mas de marcas diferentes, como o
molho de tomate. A pesquisadora relata que em alguns não havia adição de
sódio, enquanto em outros a quantidade ofertada em 100 gramas de molho
chegava a aproximadamente 80% da recomendação diária preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As conclusões reforçam a importância do cuidado na hora de escolher os alimentos.
Segundo o médico cardiologista Victor Lira (CRM-PI 4447), na escolha de
um alimento devemos observar além do preço, validade e quantidade de
calorias e sódio, principalmente os industrializados. “Praticamente
todos os alimentos já contém sódio na sua constituição, mas os alimentos
industrializados apresentam uma maior concentração deste sal para
aumentar o tempo de validade do produto e ter um sabor mais chamativo
para o cliente. Porém, o consumo excessivo destes alimentos pode trazer
sérias consequências para a saúde do paciente. O sódio leva a um aumento
da pressão arterial, a hipertensão, gerando problemas renais, edemas e
doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral”,
explica.
De olho no aumento nos índices de brasileiros com doenças crônicas como
hipertensão, obesidade e diabete, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) negocia com o setor alimentício uma redução da
quantidade de sódio em uma série de alimentos industrializados, como
pães, salgadinhos e embutidos, até 2016. Porém, algumas redes de
supermercados já se anteciparam a medida. O Grupo Pão de Açúcar já
reduziu a participação de sal no pão francês em 10% de 2% para 1,8%. A
ação envolve a produção de 490 padarias próprias, o que significa uma
produção mensal de cerca de 44 milhões unidades de pão francês.
“O pão francês é um alimento
que compõe a grande maioria das mesas dos brasileiros. Precisaríamos
cuidar para que vários aspectos dessa mudança fossem exaustivamente
testados para garantir a sua eficácia tanto no que diz respeito aos
aspectos relacionados à saúde e qualidade de vida, quanto da preservação
do sabor, tão apreciado pelos consumidores”, declara Mariangela Ikeda,
diretora de desenvolvimento e formação técnica.
A nova receita do pão francês com menor teor de sal está em linha com as
diretrizes do Guia de Boas Práticas Nutricionais para o pão francês,
elaborado pela Anvisa,
material que tem por objetivo promover a redução da quantidade de sódio
usado na alimentação brasileira como forma de combater doenças crônicas,
como pressão alta e problemas cardiovasculares.
De acordo com a OMS, o ideal é que cada adulto consuma diariamente até cinco gramas de sal, o que equivale a uma colher rasa de chá do produto por dia. No Brasil, pesquisas apontam que a média ultrapassa o dobro e fica em 12 gramas, um perigo para o organismo.
De acordo com a OMS, o ideal é que cada adulto consuma diariamente até cinco gramas de sal, o que equivale a uma colher rasa de chá do produto por dia. No Brasil, pesquisas apontam que a média ultrapassa o dobro e fica em 12 gramas, um perigo para o organismo.
Meio Norte.com.br
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